sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Bibliotecas pouco convencionais

Galeno Amorim, escritor, jornalista e Director do Observatório do Livro e da Leitura do Brasil, partilhou no Congresso Internacional "Formar leitores para ler o mundo", promovido pela Casa da Leitura-Fundação Calouste Gulbenkian, alguns projectos originais para promover a leitura. A Borrachateca,a Açougue Biblioteca , o Bibliojegue são alguns dos exemplos.

Açougue Biblioteca

"Há nove anos, o baiano Luiz Amorim, morador da cidade de Brasília, resolveu transformar seu açougue em biblioteca. Analfabeto até os 16 anos, o empresário começou expondo 10 livros no estabelecimento, até conseguir que a casa de carnes T-Bone fosse conhecida como Açougue Cultural T-Bone. Na época, enfrentou resistência da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, que não compreendia como carnes e livros podiam viver misturados. Hoje, com sua biblioteca legalizada, o açougue cultural promove lançamentos de livros, recitais de poesia e até shows de grandes músicos.
A paixão por livros fez com que a iniciativa fosse para além do açougue. Desde a semana passada, qualquer pessoa que pegar ônibus na parada 712/713, na W3 Norte, em Brasília, pode ler livros enquanto espera pela condução. Amorim conseguiu patrocínio para que no local fosse montado o Ponto de Cultura-Biblioteca Popular.
Com mais de seis mil exemplares, a biblioteca funciona 24h por dia e empresta livros a qualquer cidadão que preencher um cadastro mínimo. Os livros ficam guardados dentro de um armário-estante, especialmente projetado para esse fim. No horário comercial há um atendente para orientar os usuários. À noite e aos domingos, os livros ficam sozinhos, à espera de quem esteja interessado em lê-los. Basta pegar o livro e, se quiser levar para casa, anotar em um caderno o nome e o título da obra emprestada."

In:
http://dadosemcomum.wordpress.com/2007/08/10/biblioteca-24h-em-ponto-de-onibus/

Barco Biblioteca

Em Angra dos Reis (RJ), todos os dias, um barco sai às 5h e pára de praia em praia para transportar jovens até a escola. No convés do barco, uma surpresa: 300 livros. É a Biblioteca Espumas Flutuantes.

Bibliojegue

"Em uma cidadezinha do interior do Maranhão, Alto Alegre do Pindaré, uma iniciativa criativa está fazendo que tanto os 6 mil moradores da área urbana quanto as 24 mil da área rural tenham acesso à leitura.

Uma vez por semana, um jegue com jacás de livros conduzido por jovens leitores ou pais se instala em um local da comunidade à sombra, e põe livros à disposição da população. Por uma hora, acontecem as leituras espontâneas, por todas as idades. O Jegue-Livro é um projeto decorrente de outro projeto ligado ao incentivo da leitura à jovens.

Criado pela professora do ensino fundamental I, Alda Beraldo, o Projeto Leitura Jovem foi pensado para que as crianças não ficassem sem aula enquanto os professores participavam da formação continuada com a coordenadoria. Daí para estender à comunidade foi um passo. Em ação junto com o Projeto Comunidade de Leitores, desenvolvido por diretores nas suas escolas, formou-se uma rede em prol do aumento da cultura letrada do município".

In:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/cbn/capital_300905.shtml

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